domingo, 29 de junho de 2014

A Imprevisibilidade na (Re)flexão da Prática Pedagógica Inclusiva no Contexto Educacional.




Considerando o texto “Modelo dos modelos” e relacionando-o com a prática pedagógica do AEE, percebe-se a importância de rejeitar modelos prontos que não conduz com a realidade dos nossos alunos e estar em constante busca do conhecimento para atuar com criticidade nos espaços arcaicos , fazendo com que a tecnologia tenha sua presença e que o ensino não seja de conteúdos abstratos, mas que sejam ideias que tragam a reflexão do concreto.
Vale enfatizar que  mudar é uma situação em que precisamos transbordar, isto é, ir além do nosso limite, alterar a nossa possibilidade de ser de um único e exclusivo modo.
Nossa ação educativa será efetivamente significativa se abrirmos para a flexibilidade, auto avaliação e reflexão sobre as  práticas pedagógicas voltadas para o aluno do AEE , pronpondo atividades que privilegiem a mobilização cognitiva dos mesmos, de modo que possa favorecer seu avanço conceitual.
É importante lembrar que a prática pedagógica do docente só será transformada, se sua formação for vivenciada e alicerçada na formação continuada e em serviço, o que estimula a perspectiva crítico-reflexiva, o pensamento autônomo e a dinâmica da autoformação participativa.
Ivor Goodson (apud NÓVOA, 1997, p. 25) defende a necessidade de ter a práxis como lugar de produção do saber, já que o adulto retém como saber o que está ligado a sua experiência e necessidade.
Deste modo, verifica-se que o processo formativo de um docente não é construído  apenas por acúmulo de conhecimentos e técnicas, mas sim por meio de uma prática reflexiva crítica. Por isso, faz-se necessário uma prática pedagógica na formação inicial de professores que os levem a refletir sobre a própria prática educativa, de modo que a reflexão estimule e propicie transformações.

domingo, 8 de junho de 2014

Recursos e Estratégias em Baixa Tecnologia,voltadas para a Ampliação das Formas de Comunicação para Crianças Autistas




 A Construção do Sistema de Comunicação e Linguagem
A criança com autismo, mas sem retardo mental, necessita de muita ajuda para poder construir um sistema de comunicação e linguagem. A comunicação envolve em si um conceito de troca ou de causa e consequência que parece inexistente para essas crianças.
É muito importante destacar que muitas dessas crianças distanciam-se da normalidade desde o nascimento. Um bebê fixa os olhos na mãe com poucos meses de vida e começa a desenvolver um processo peculiar de imitação muito cedo. Antes de um ano é capaz de apontar objetos, não por desejá-los, mas para compartilhar uma experiência com a mãe.
As crianças das quais trata-se aqui parecem não utilizar esse meio de aprendizagem no qual a maioria das crianças está naturalmente imersa. Por isso, é fundamental iniciar o processo de aprendizagem o mais cedo possível.
A primeira relação de causa e consequência que ocorre na criança é apontar para algo que se deseja. Se a criança não o faz, é importante que isso lhe seja ensinado, colocando-se objetos que a criança deseja ao alcance da vista e fora do alcance das mãos, e ensinando-a, por meio do apoio físico, que, apontando para o objeto, ela estará comunicando ao professor que é aquilo que ela quer nesse momento.
As dificuldades da tríade (comunicação, interação social e uso da imaginação) fazem com que as relações de causa e consequência não se estabelecem, ou façam de uma forma muito demorada ou ineficiente. Por isso, essas crianças necessitam de ferramentas de apoio para desenvolver essas relações de causa e consequência, levando-se sempre em conta, é claro, suas potencialidades.
Diante disso, faz-se necessário o estabelecimento de um sistema de comunicação,pois, a  linguagem verbal é muito importante, e deve ser desenvolvida, mas, em paralelo deve-se introduzir um sistema de comunicação baseado não na linguagem verbal, mas sim em objetos concretos ou figuras.
Se a criança conseguiu evoluir a ponto de parear não somente objetos, mas também figuras ou fotos, poderemos utilizar este recurso. Caso contrário, podemos usar objetos concretos diretamente relacionados a ações, como prato para indicar comida ou copo para indicar bebida.
Por meio de objetos ou figuras podemos organizar um painel com a  seqüência de atividades do dia, que a criança poderá consultar, diminuindo assim a angústia de que vem a seguir ou ‘ o que faço quando isso terminar’.
 Um sistema de cartões ou figuras pode construir-se em recurso para indicar necessidades ou pedir algo desejado. 
Trabalhando a Rotina

A criança autista tem a necessidade de ter segurança em sua rotina diária.Diante disso,o professor do AEE e sala Regular,deverá montar a rotina diária/semanal.
 Para a confecção destes  suportes pedagógicos,será necessário a utilização dos Recursos de Baixa Tecnologia,pois são os que podem ser  construídos pelo professor do AEE e disponibilizados na sala comum ou nos locais onde ele tiver necessidade deles.


Agrupamento pela Cor
A professora orientará a criança à separar os objetos, observando suas respectivas cores.

 Relação Número/Quantidade

Ao comando do professor,a criança colocará a quantidade de objetos no local do  número solicitado.